terça-feira, 22 de junho de 2010

Registro da aula dia 11/06/2010




Por Caroline S.


Tantos dias para escrever o registro e eu fiquei bem com o último, nesta sexta-feira tubulosa, onde Laura chegou atrasada e logo em seguida já se desesperou por não encontrar sua bolsa. De início achou que estávamos brincando, mas não, era verdade, a bolsa realmente havia sumido. Procuramos em alguns cantos e nada, até que ela resolveu ir ao carro ver se a bolsa não havia sido esquecida lá. Adivinhem? Lá estava ela! Acho que Laura estava um pouco afobada este dia, será porque a Argentina ia jogar no dia seguinte?
Bom, ao chegar, o David me convidou para sentar-me no grupo que estava logo na frente da porta, havia uma plaquinha: “Livre expressão”, vários lápis, canetas coloridas, barbantes, colas. Outros dois grupos estavam distribuídos pela sala: “Caleidoscópio” e “Canto da leitura”. Após observar a sala compreendi que seria mais uma prática da proposta de Freinet: o pedagogo estudado durante algumas aulas de Didática.
Conforme os alunos iam chegando foram se acomodando em algum grupo. Iniciamos as atividades: no grupo em que eu estava, fizemos um desenho livre, mas de maneira muito diferente para nós, vendamos os olhos para desenhar. No princípio fomos um pouco resistentes, pois achávamos impossível concluir a atividade proposta, mas ao tirarmos as vendas, percebemos que os desenhos não foram tão maus assim, pois esta sim era nossa preocupação: a perfeição do desenho. Será que para os deficientes visuais a perfeição é o princípio de tudo?
Através da visão, o ser humano pode identificar e distinguir objetos, cores, formas, tamanhos e distâncias. Esse é um sentido de grande valor, facilitando o relacionamento do homem com o meio em que ele vive; exatamente por isso, na maioria das vezes, os cegos têm as suas relações pessoais comprometidas através da exclusão social, pois fogem do padrão de normalidade estabelecido.
Quando passamos por alguma experiência, seja ela qual for, com os olhos vendados, nos colocamos no lugar dos deficientes visuais, e compreendemos quão grande é a importância de oferecermos a eles atividades que o façam sentir-se incluídos. O professor, na sala de aula deve proporcionar às pessoas portadoras de necessidade visuais uma melhor qualidade de vida, socialização, bem-estar, treinamento dos sentidos, conhecimento do esquema corporal, além de outros estímulos e vivências através de atividades que podem ser trabalhadas tanto com crianças com deficiências visuais ou não.
Quando concluímos a atividade de livre expressão, fomos ao Canto da leitura, onde lemos um conto de Mia Couto.
Chegou a tão esperada hora de ir ao “Caleidoscópio”. Esperada hora, pois comentamos tanto sobre ele que achei que não o faríamos este semestre. Confeccionamos junto com o Paulo, nosso instrutor. Neste grupo a cooperação entre todos foi positiva, necessária para grudarmos uma fita adesiva, segurar um canto do espelho, enfim, cooperação esta que pude perceber em todas as aulas de Didática.
Após todos da sala percorrer as oficinas, fizemos um fechamento com a leitura do livro “Colcha de retalhos”, com bolos trazidos pelo David e em seguida uma avaliação da atividade proposta. Não uma avaliação tradicional como conheceu, mas diferente: cada um pegou uma folha de papel colorida e escreveu com uma frase, uma palavra, um desenho o que sentiu com a atividade e o que esta trouxe de contribuição.
O resultado veremos hoje (18/06)!!!
Como último registro das aulas realizadas neste semestre, da disciplina de Didática, quer deixar aqui explanado que para mim, estas aulas foram muito prazerosas e contribuirão muito para a formação de cada um, seja ela na área que for, pois nos trouxe aprofundamentos que vão além da sala de aula.

Nenhum comentário:

Postar um comentário