terça-feira, 22 de junho de 2010

FREINET: Carta individual


Prezado (a) colega pedagogo (a), Como você está?

Como aluno da Profa. Dra. Noemi Laura Chaluh na disciplina Práticas Culturais e Práticas Pedagógicas, fiquei muito satisfeito por tomar conhecimento sobre o pedagogo francês Célestin Freinet, que nasceu em 1896 em Gars, povoado na região da Provence, sul da França. Ele foi pastor de rebanhos antes de começar a cursar o magistério. Lutou na Primeira Guerra Mundial em 1914, quando os gases tóxicos do campo de batalha afetaram seus pulmões para o resto da vida. Em 1920, começou a lecionar na aldeia de Bar-sur-Loup, onde pôs em prática alguns de seus principais experimentos, como a aula-passeio e o livro da vida. Em 1925, filiou-se ao Partido Comunista Francês. Dois anos depois, fundou a Cooperativa do Ensino Leigo, para desenvolvimento e intercâmbio de novos instrumentos pedagógicos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o educador foi preso e adoeceu num campo de concentração alemão. Libertado depois de um ano, aderiu à resistência francesa ao nazismo. Recobrada a paz, Freinet reorganizou a escola e a cooperativa em Vence. Em 1956, liderou a vitoriosa campanha 25 Alunos por Classe. No ano seguinte, os seguidores de Freinet fundaram a Federação Internacional dos Movimentos da Escola Moderna (Fimem), que hoje reúne educadores de cerca de 40 países. Freinet morreu em 1966.
Na teoria do educador francês, o trabalho e a cooperação vêm em primeiro plano, a ponto de ele defender, em contraste com outros pedagogos, incluindo os da Escola Nova, que não é o jogo que é natural da criança, mas sim o trabalho. Seu objetivo declarado é criar uma escola do povo.
Ao lado da pedagogia do trabalho e da pedagogia do êxito, Freinet propôs, finalmente, uma pedagogia do bom senso, pela qual a aprendizagem resulta de uma relação dialética entre ação e pensamento, ou teoria e prática. O professor se pauta por uma atitude orientada tanto pela psicologia quanto pela pedagogia assim, o histórico pessoal do aluno interage com os conhecimentos novos e essa relação constrói seu futuro na sociedade.
A pedagogia de Freinet se fundamenta em quatro eixos: a cooperação (para construir o conhecimento comunitariamente), a comunicação (para formalizá-lo, transmiti-lo e divulgá-lo), a documentação, com o chamado livro da vida (para registro diário dos fatos históricos), e a afetividade (como vínculo entre as pessoas e delas com o conhecimento).
Espero que você tenha curiosidade em conhecer mais a fundo sobre a pedagogia Freinet, caso não a conheça ainda e possa desta forma por em prática no decorrer de sua vida docente.



Att,
David L. Ferreira
UNESP: 4º ano de Pedagogia / Campus de Rio Claro-SP.


Frases de Célestin Freinet: “A democracia de amanhã se prepara na democracia da escola”. “Se não encontrarmos respostas adequadas a todas as questões sobre educação, continuaremos a forjar almas de escravos em nossos filhos”.

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