terça-feira, 22 de junho de 2010

14/05/2010

Por Paulo H.F.F.


Cheguei e todos já estavam a postos.
Bruna Karen estava lendo seu registro da aula passada.
Bruna comenta que é difícil trazer o relato de todos e Laura concorda.
José inicia seu relato.
José comenta que Tânia tentará escapar dessa obrigação de elaborar o relato pela quarta ou quinta vez e todos achamos graça, pois o José é muito quieto e tímido e poucas vezes ouvimos sua voz na sala, porém é muito observador e sagaz e até mostra sua veia satírica quando é oportuno.
Outra vez achamos graça, pois José comenta a imposição de Laura para que todos falássemos, expondo nosso entendimento e opinião sobre o texto lido e as interpretações realizadas durante a aula.
Fui citado três vezes. Participei, hem !!!
Houve palmas. Não me lembro do motivo. Acho que me distraí e não captei a cena.
Bruna exige que o José retifique a parte de seu relato na qual ela me chama de irracional. Na verdade ela me chamou de racional para enfatizar a minha primeira formação acadêmica como engenheiro, que me leva muitas vezes a discordar ou ao menos causar grande confusão com minhas opiniões mais pragmáticas.
Veremos o filme “Comida: Omelete de Amoras”. Vamos ver mais filmes nas próximas aulas já que isso foi o combinado e a professora Laura foi cobrada nesse sentido por um dos alunos nos registros.
Natália lê o texto de mesmo nome. José me entrega o texto O ceguinho Estrelinha de Mia Couto.
Karina Fernandes faz seus comentários sobre o texto e duas perguntas:
- Porque o rei era triste?
- Depois da resposta do cozinheiro ele ficou feliz e por isso presenteou o cozinheiro?
Ana Carolina comenta que quando se está com fome qualquer comida é gostosa.
Bruna Karen comenta que o esforço pessoal é que dá o sabor e o valor das coisas.
Bruna Bernardes comenta que o cozinheiro era mais inteligente que o rei e eu rebato dizendo que ele era mais sábio que o rei (só entre nós).
Raquel comenta que o desejo de reviver era impossível, pois o tempo não pára e o contexto muda. (O pai do rei estava presente naquela situação que o rei queria reviver, comenta Bruninha).
Miriam lembra da infância, aí eu me lembrei dos Fios de Ovos que eu comia numa doceria próxima da minha casa em São Paulo no bairro de Santana, sempre que minha mãe passava por lá (eram poucas às vezes, mas a situação era sempre muito boa) e eu nunca mais comi Fios de Ovos com aquele sabor.
Laura recomenda ler Walter Benjamin para entendermos esse conto.
Tânia faz um comentário que não ouço.
Vanessa comenta que a questão do registro é importante, pois permite reviver de alguma maneira os fatos que são relevantes para nós.
Miriam comenta a importância da sabedoria do cozinheiro em apresentar ao rei a própria trajetória para que ele perceba que devemos viver o aqui e agora.
Começamos a fazer as ligações com o texto da Zaccur que apresenta um relato sobre uma professora dos anos trinta que utilizava o registro de suas aulas com forma de aprimoramento profissional.
Laura comenta que está incomodada com a presença da mãe da Raquel na sala de aula. Laura não a conhecia. Nesse dia a van que costuma trazer a Raquel para Rio Claro não veio, e como era o dia da apresentação do grupo dela e eles trouxeram salgados e refrigerantes para o lançamento do blog que registrará a nossa vivencia com essa disciplina a mãe da Raquel a trouxe. Até aquele momento eu não havia percebido esse mal estar da Laura, pois supus que a Raquel havia feito algum comentário com a Laura a esse respeito quando ela chegou próximo ao inicio da aula e falou alguma coisa em particular com a professora. Criou-se uma saia justa que logo foi contornada com a mãe da Raquel se apresentando.
Bruna Bernardes faz seus comentários de maneira apreensiva, pois os registradores são sagazes.
Traz a relação da vida documentada e não documentada na escola. A idéia na sua fala é o aprofundamento do olhar.
Já estou tão aturdido, cansado e com dor de cabeça que um pensamento me assalta: “Não vou dar conta!!” (To devendo, não nego. Pago quando puder). Por isso estou aqui escrevendo esse relatório as 1:30 h do sabadão!
Bruna Bernardes comenta sua experiência com a forma de elaborar os seus registros diários sobre sua pratica educacional.
Camila comenta a superficialidade dos registros devido à falta de tempo para sua elaboração.
Vanessa Castaldi também comenta sua experiência pessoal na relação educador-aluno. Ela escreve tudo, sem restrições nos seus registros. A fala da Vanessa está causando estranheza.
Iuri, nosso bom amigo, comenta que sua escrita é pessoal se não seria só uma cópia do momento e todos seriam iguais e perderíamos as visões pessoais que trazem a riqueza da formação do conhecimento. Como sempre, Iuri faz suas intervenções de maneira apropriada e a professora Laura comentou a importância de sua intervenção.
Bruna comenta a lente de 360° que permite filmar a cena de forma global e que remete ao filme Janelas da Alma.
Vanessa Castaldi comenta a visão da estagiária da sua sala: “É o que ela enxerga de mim”.
Laura propõe a questão da professora-pesquisadora.
Silêncio !!!!
Laura pergunta se nós gostamos do texto da Zaccur.
Bruna Bernardes comenta que achou muito forte a lembrança de uma aluna de 80 anos das aulas daquela professora. Aí eu me lembrei da minha amarga experiência com a minha primeira professora que me marca até hoje.
Karina faz um comentário sobre o tempo verbal do relato.
É posta a questão do Sujeito Encarnado que remete as questões do Positivismo, do pensamento linear e da Neutralidade.
“O sujeito encarnado se coloca e tem suas posições e pontos de vista formados a partir de suas experiências”. (Não sei bem porque fiz essa observação)
Silêncio !!!
Carolina foi escalada para estender os comentários. (Não o faz)
Karina se anima e lê trechos da página 42 e 43.
Laura comenta sobre o “Falar De” e o “Falar Sobre”. Ela pergunta: “O que o Paulo falou sobre isso na aula passada?”. Uao!! Olha eu aí traveis gente!!!
Laura comenta que a Maria Helena Chauí tem um artigo sobre esse assunto na revista Educação e Sociedade (Ideologia e Sociedade), lembrei do Carlos Miranda, meu amigo de juventude, hoje professor da FE da Unicamp, que comentava que a Maria Helena sabia conduzir um debate.
Bruna comenta do lapidar e Laura se coloca sobre assunto e lê um trecho a respeito.
O trecho comenta da dureza da visão masculina e da fluidez da visão feminina sobre a vida. Machucou-me tal verdade. (É uma das minhas questões pessoais: O masculino não consegue ver o feminino).
Parece que a mulher conhece o processo e toma os cuidados necessários para conduzi-lo harmoniosamente.
Iuri comenta da teoria do Homem Cordial de Buarque de Holanda (pai do Chico).
Nesse momento já estamos todos cansados e querendo que aula acabe.
Porém Karina retoma o assunto apesar dos meus protestos. E como a Bruna Bernardes pediu estou registrando a minha grosseria com a colega tão querida. (Karina perdoa esse pobre ser masculino!).
Laura lê o trecho da página 49 sobre a Professora Pesquisadora Praticante (acho que é isso. Minha anotação não está clara e eu já não me lembro do contexto).
Iuri comenta que as idéias podem ser distorcidas tanto para o bem como para mal.
Eba! Tem lanchinho!!
Discussão sobre o tempo da aula. Bagunça !!
Alguns minutos de pausa! Ficamos sem intervalo e saímos mais cedo ficou decidido.
Retomamos com a apresentação do projeto do grupo David, Vanessa, Tânia, Raquel e Anelisa.
A apresentação justifica a escolha da ferramenta pedagógica Livro da Vida de Freinet.
Vanessa expõe sua experiência com Livro da Vida elaborada na sua sala. Explica que escolheu essa ferramenta para aproximar a escola e os pais das crianças, pois as crianças estavam em tempo integral na escola e havia a necessidade de mostrar a vida das crianças fora de escola.
Raquel apresenta a proposta de atividade para sala.
O nome do projeto é: “Livro da Vida da Nossa Sala”. A idéia é aproximar todos da nossa sala. Fica claro que o projeto só funcionará se todos participarem.
Foi criado o blog
HTTP://blogdofreinet.blogspot.com e e-mail blogdofreinet@gmail.com para correspondência e acréscimo de opiniões de cada aluno da sala.
Agora sim, O Cocktail (o lanchinho). Como poço chamar o cocktail de lanchinho!!
Nossa!! Adorei a idéia !!
Bruna Bernardes comenta a importância da iniciativa do grupo e alerta que temos que tomar cuidado com o conteúdo adicionado ao blog, pois o blog tem acesso público e não podemos cometer erros de nenhuma natureza, principalmente os de ordem teórica e acadêmica. Ainda enfatiza o blog como ferramenta de apoio em todos os sentidos.
Festa !!!!
E assim termina a aula de hoje.
I !! Me enganei!!!
Retomamos com a apresentação do grupo da Bruna Karen, Miriam e Ana Carolina.
O projeto é a escrita de uma carta elaborada coletivamente para compartilhar a nossa experiência nessa disciplina com a outra metade da nossa turma que esta tendo aulas de Sociologia.
Deu ti ti ti! Duas cartas?! Uma coletiva e outra pessoal para um colega da outra sala.
Enfim, a escrita coletiva se deu, tendo a Tânia como escriba da turma e durante a semana cada um faz a carta individual para próxima sexta.
Agora acabou !!

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