sexta-feira, 14 de maio de 2010

Aula do dia 30 de abril de 2010

REGISTRO DA AULA DO DIA 30/04

Por MARIANA DE OLIVEIRA PICELLI

Ao chegar na sala, ainda havia poucas pessoas, fui recepcionada pela professora com um sorriso, e isso me deixou feliz. Estavam todos esperando a chegada de mais pessoas... e na lousa a pauta do dia: REGISTRO, CONTO e GRUPOS.

Então, após alguns minutos, demos inicio a aula com a leitura do registro de Vanessa Bianconi, segundo ela um registro pequeno. Logo no inicio de sua leitura, fomos surpreendidos pela nuvem preta que Laura enxergava, fiquei preocupada e acredito que todos também, pois houve um silêncio neste momento, a espera de sua melhora, logo ela estava melhor. Vanessa então continuou sua leitura, que não era tão pequena assim. Foi ótimo ouvir seu relato pois não estava presente na aula anterior e isso me deixou interada aos acontecimentos de tal dia. Em seguida, Karina iniciou a leitura do seu registro, fiquei encantada com sua escrita bastante dinâmica, foi lindo, PARABÉNS KARINA!

A professora então distribuiu a todos um conto chamado “Do rigor na ciência” de Jorge Luis Borges, pediu para que lêssemos. A sala ficou silenciosa, todos atentos a leitura, e este silêncio se quebrou com Karina dizendo “ah! li mais não entendi”, falou baixo, mas foi possível ouvi-la. Confesso que eu também não entendi, então não posso dizer que LI, pois se pensarmos na leitura, ela é a compreensão, eu apenas decifrei palavras. Isso me deixou angustiada, pois me coloquei no lugar das crianças que estão na escola sendo alfabetizadas, muitas delas apenas decifram palavras e infelizmente não compreendem o que leram, isso não é bom, não me senti bem. Então Li novamente e novamente, e minha leitura foi interrompida com as duvidas levantadas pelos meus colegas, fiquei de certa forma mais aliviada, pois a maioria não estava compreendendo o conto. “Porque várias palavras foram escritas com letra maiúscula?”; “Porque você escolheu este conto professora?”; “onde você queria chegar?”... essas dúvidas não foram respondidas pela professora, foram apenas escritas na lousa conforme iam sendo levantadas por todos. Então a professora comentou sobre a questão “onde você quer chegar?”, estamos acostumados a respostas prontas, ou a ter como resposta a idéia que a professora quer que nós tenhamos do que ela nos deu para ler. Segundo Laura, Larrosa no texto “Sobre a Lição” presente no livro “Pedagogia Profana”, se mostra contra esse pensamento de a professora esperar as mesmas respostas de seus alunos, ou acrescento que até mesmo de pensar pelo aluno, ao explicar a ele o que o autor quis dizer, ou o que ela entendeu do mesmo.

Após a fala de Laura, ela quis nos escutar, escutar nossos pensamentos a respeito do que foi lido. Paulo então começa nos explicar alguns pensamentos seus, logo diz que não tem sentido o MAPA ser do tamanho de uma cidade para representá-la, não precisa. Já Vanessa Bianconi levanta a questão das letras maiúsculas iniciando diversos adjetivos no conto, estamos acostumados apenas a colocar letras maiúsculas em nomes próprios, para ela houve por parte do autor a quebra desse rigor da escrita. Bruna Karen levanta um ponto presente no conto bastante interessante, voltando-se para que ora a ciência inova, ora envelhece, e inova e novamente envelhece, de maneira sucessiva. Isto me fez pensar na escola, isso faz sentido para mim quando penso em alfabetização e letramento escrito por Mortatti em seu texto “Letrar é preciso, alfabetizar não basta... mais?” lido para a disciplina da professora Áurea, neste a autora coloca que os métodos “antigos” ou “tradicionais” (fônicos e silábicos) ao longo do tempo foram sendo substituídos pelos considerados “novos”, os testes ABC ou testes de maturidade, mas após alguns anos surge uma “nova” perspectiva, a construtivista, e tornam-se “antigos” os teste de maturidade. Essa inovação constante acaba de certa forma, a meu ver, deixando os educadores confusos, ou até mesmo faz com que estes apliquem para os alunos uma maneira considerada nova de alfabetizar e letrar, mas acaba muitas vezes também aplicando algo sem conhecimento, fazendo com que essa inovação perca seu sentido, bem o que acontece com a Cartográfia no conto. Como Laura estava comentando com meu grupo, sobre aplicação dos instrumentos de Freinet nas salas de aula, antes é preciso entender o sentido que Freinet dá a esses instrumentos que ele aplicava, para depois aplicar, somente assim isto terá sentido. Com esse meu pensamento, acabei perdendo o pensamento de Bruna Bernardes que levanta sobre o conto a questão social, muito interessante também a meu ver, o que consegui pegar, mais ou menos, foi as gerações dando lugar a outras questões, então Marjorie acrescenta citando o trecho em que o autor coloca sobre “Mapas desmedidos”, isso significa segundo ela que para outras gerações ou gerações seguintes, esses mapas não faziam sentidos.

A discussão gira em torno desse contexto do conto relacionado com a sala de aula. Então vem a questão das regras na educação infantil, Tânia acredita que o rigor nesse faixa etária não deve ser igual ao dado no ensino fundamental, mas é necessário sim que haja as regras.

Bruna Bernardes então coloca um pouco sobre a leitura direcionada feita pelo professor, essa leitura ocorre desta forma, direcionada, devido à falta de tempo do professor, segundo Perrenoud, ele é “pressionado pelo tempo”.

Após o intervalo, organizamos os grupos e elaboramos o nosso projeto. Durante este momento, fomos interrompidos pela professora para organizarmos o calendário das aulas, junto as apresentações. A classe pensou em fazermos na próxima aula a festinha da Marjorie, todos aceitaram. Ah! Até cantamos Parabéns para a Laura que havia sido seu aniversário, ela ficou toda envergonhada.

Por fim a professora perguntou a todos os presentes a possibilidade de socializar os registros do caderno da classe e os mesmos aceitaram, ainda falta perguntar para três alunos que estavam ausentes neste dia.

2 comentários:

  1. Hey Girls! Dear Classmates! We Can Do It Better!

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  2. Oieee

    Gente, fiquei surpresa com a criatividade deste grupo...
    Estou muito feliz de vivenciar as aulas, e de poder compartilhar com os colegas estes momentos!!
    Parabéns aos colegas, e à Laurinha!
    Espero que este blog se perpetue durante nossa ação docente!
    Um enormee beijo !!
    Karina

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